Flama Consultoria

Como montar um planejamento
estratégico eficiente para TI

O Planejamento Estratégico é uma ferramenta fundamental no desenvolvimento de estratégias de negócio para qualquer setor. Na área de Tecnologia da Informação (TI) isso não é diferente. O Planejamento Estratégico de TI (PETI) definirá como a tecnologia será utilizada e estruturada para ajudar no crescimento da empresa. Segundo a pesquisa da consultoria Gartner, os gastos mundiais das empresas com a TI aumentarão em cerca de 5,1% em 2022 em relação 2021, com investimento aproximado de US$ 4,5 trilhões.

A pergunta que fica é, como distribuir todo esse investimento dentro das empresas quando se trata da tecnologia?

Segundo a pesquisa “Agenda 2022” feita pela Deloitte Brasil, investidores em tecnologia pretendem concentrar seus esforços em aplicativos, sistemas e ferramentas de gestão, em infraestrutura, em gestão de dados, em segurança digital, em customer marketing, em atendimento ao cliente, em canais de venda, em robôs móveis autônomos (AMR), em digitalização do parque fabril e em realidade virtual e drones. A pesquisa foi realizada com cerca de 500 companhias que juntas faturam um proporcional de 35% do PIB brasileiro.

Mesmo que ainda estejamos em um cenário de incertezas e problemáticas sociais, políticas e econômicas, essas empresas tem a esperança de que esses investimentos resultem em aumento de produtividade e principalmente de receita. Mesmo que a maior parte esteja voltada para a parte operacional.

Agora, focando no Planejamento Estratégico especialmente para o TI, como garantir que a inovação não será atrapalhada pelos investimentos operacionais e, mais ainda, como alinhar todos os interesses da empresa com o setor de TI?

A primeira coisa que é preciso entender é que um Planejamento Estratégico jamais vai ser igual ao outro. Isso valendo para qualquer área, justamente pelo fato de que cada planejamento deve estar de acordo com os objetivos específicos de cada empresa. Se a estratégia não for entendida por todos pode acontecer que cada decisor tenha uma noção diferente de qual vai ser o papel da tecnologia nos projetos futuros. Sabendo que a TI tem um potencial gigantesco para não só otimizar o operacional e infraestrutura como também gerar valor ao negócio é importante que todos estejam falando a mesma língua. Senão, os projetos desandam e aí tudo rola montanha a baixo (temos um artigo sobre como colocar projetos problemáticos de volta aos trilhos, você pode lê-lo aqui).

Conheça os 5 passos essenciais e simples para se montar um PETI eficiente.

A primeira coisa que um CIO precisa fazer na hora de sentar para elaborar um planejamento estratégico é analisar o contexto da situação. Na era da tecnologia avançada, todas as mudanças acontecem rápido e agilmente, o que torna o mercado muito mais dinâmico e consequentemente faz com que a tomada de decisão precise ser mais rápida e por tanto mais complexa. É por isso que o primeiro passo é analisar todo o contexto da situação da empresa, em que lugar ela está, qual o objetivo maior, aonde ela quer chegar, quais são os meios e recursos disponíveis para isso, etc. Ademais é preciso examinar todo o cenário atual das tecnologias que a empresa possui, infraestrutura, sistemas e projetos.

O segundo passo é crucial para qualquer planejamento: definição de objetivos e metas. Como estamos falando especificamente de um PETI, é importante que os temas que estejam na mente do decisor sejam relacionados com a área. Como por exemplo a missão do TI, quais os objetivos estratégicos para o setor, os valores essenciais e a visão da TI. Já no momento de definir de fato os objetivos, mantenha sempre em mente que eles precisam ser sensatos, para evitar problemas futuros. Para que nada saia em desacordo com o esperado você pode se utilizar dos critérios SMART.

SMART é um anagrama em inglês para Specific (especificável), Measurable (mensurável), Attainable (atingível), Relevant (relevante) e Time based (base de tempo). Basicamente o processo segue a seguinte ordem:

S: definir objetivos que sejam de fácil entendimento;

M: esses objetivos precisam ser mensuráveis e com valor relacionado;

A: precisam ser atingíveis

R: tem de ser relevantes de modo que todo o esforço não seja em vão;

T: e ter um prazo definido, uma base de tempo em para se apoiar o PE.

O terceiro passo é um pouco mais complicado, pois mexe com o bolso. Não dá para se elaborar um PETI sem avaliar e ponderar aspectos financeiros, especialmente se estamos falando de tecnologia. Em sua grande maioria, o investimento inicial desses projetos e planos é considerável em se tratando de atualizações tecnológicas, inovações, contratos de serviços. Geralmente o tempo de retorno é diferente para cada aspecto. O truque pode ser classificar cada um dos investimentos necessários de acordo com os objetivos definidos, de modo que seja possível equilibrar investimento e retorno. Lembrando que a análise de contexto lá do passo um costuma auxiliar nesse momento aqui.

Agora é a hora de definir datas de deadlines. O passo quatro é a montagem de um cronograma. Mesmo que seja uma coisa mais estrutural, é muito importante e diretamente relacionado com o passo cinco. Nesse caso aqui é bem simples: definir e estruturar os objetivos de acordo com o tempo que é necessário para a execução e estabelecer datas e prioridades a serem realizadas.

E aí chegamos no último passo, que é a apresentação. A maior utilidade de um planejamento estratégico de TI é ser um documento que comunique todas as áreas, especialmente a área de negócios, e eleve a área de TI ao posicionamento estratégico que de fato ela tem no desenvolvimento da empresa.

Fontes: Consultoria Gartner, Deloitte Brasil e Itforum.

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