CIOs sempre foram acostumados com grandes mudanças acontecendo de forma muito rápida. A tecnologia muda o tempo todo e a toda hora. Inovações que há pouco tempo ainda não existiam hoje são a tendência mais praticada. As necessidades mudam, colaboradores entram e saem, times inteiros são montados ou desmontados em questão de dias.

Ainda sim, tudo é menos impactante perto dos desafios que os CIOs estão enfrentando hoje, grandes interrupções de negócios devido à pandemia, falta de recursos e instabilidade política advindas da guerra europeia.

As dificuldades hoje vão um pouco mais além, como a necessidade e demanda cada vez mais alta e complicadas de se atingir, especialmente com o fato de que se espera novas tecnologias o tempo todo e rápido. Além disse soma-se a necessidade de que o que quer que seja desenvolvido esteja dentro dos melhores padrões de experiência do usuário, que se tornou cada vez mais exigente, especialmente em termos de facilidade e rapidez.

Com a pandemia o aumento de golpes via internet e ataques cibernéticos a bases de dados aumentou exponencialmente. Dessa forma, é preciso acrescentar mais um problema para provocar a dor de cabeça do CIO. A situação apenas piorou com a decorrência da guerra na Ucrânia quando alertas sobre hackers apoiados pelo governo da Rússia atacassem empresas e governos. Outra grande preocupação dos CIOs é sobre os dados e analytics, mais do que analisar dados é preciso ir além para atingir impactos, impulsionar mudanças deltas a longo prazo.

Outra pedra no sapato pode ser amadurecer estratégias de nuvem dentro das corporações. Hoje, segundo uma pesquisa da Evanta, 54% dos entrevistados tem investido na infraestrutura necessária para se utilizar da nuvem. Hoje não há estratégia de tecnologia que não tenha a nuvem como ponto central, porém, em empresas mais antigas por exemplo, convencer todo o resto do time executivo de que esse é sim, o próximo passo é bem complicado.

Outra consequência que a invasão russa causou é que o sistema geopolítico de tecnologia está mudando rapidamente. Um número crescente de CIOs está tendo problemas com novas regras governamentais que surgem aos montes em todos os cantos do mundo. Eventos como o nacionalismo e desglobalização e mudanças culturais são os principais itens de preocupação. Soma-se a isso a interrupção da cadeia de suprimentos e temos estimativas de falta de insumos até 2024.

Para encerrar, ainda há a necessidade de se manter uma contenção de custos, todos os anos dentro das empresas de modo que o setor de TI sempre fica encarregado de encontrar inúmeras outras maneiras de manter a produtividade reduzindo os custos envolvidos nela. Essa não é uma pratica nova ou que advem das últimas adversidades que temos enfrentado, o que muda agora é que a ênfase da análise de contenção de custos, hoje, leva em consideração as preocupações com uma possível recessão de material e pessoal.

Além disso, por anos um dos maiores desafios dos CIOs sempre foi encontrar pessoas qualificadas e mantê-las em seus cargos, uma vez que essa área requer talentos e pessoas muito dedicadas, mas sempre parece haver mais vagas do que pessoas qualificadas para ocupa-las, e a necessidade de se manter um turno de trabalho em home office devido à pandemia tornou essa competição ainda mais acirrada.

Finalizando, talvez o maior desafio seja superar as turbulências que nosso mundo vem enfrentando desde 2020. Inflação, falta de suprimentos, mão-de-obra, doenças ocupacionais, síndromes de burnout causadas por muita demanda e pouco pessoal, são alguns exemplos de barreiras a serem ultrapassadas para se manter o sucesso hoje, ultrapassando limites que tradicionalmente limitaram e ditaram todo o desenvolvimento tecnologia da informação dentro do departamento de TI das empresas e passar a um desenvolvimento distribuído e TI descentralizada.

Fonte: Itforum.

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